Terceira edição do Missal Romano é aprovada pelo Episcopado brasileiro; estudo 114 segue ainda para aprovação
A segunda parte da votação da tradução do Missal Romano abriu as atividades desta quarta-feira, 31 de agosto, durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB. Na ocasião, os membros da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) deram retorno ao episcopado brasileiro a partir das contribuições recebidas pela Comissão na segunda-feira, dia 29. Termos gramaticais foram corrigidos em algumas páginas e outras partes do texto reconsideradas.
As alterações foram feitas especialmente nas páginas 111, nº 3; 117, nº 124; 129; 131 e 133.
“O missal fez um longo caminho, mas com muitas contribuições a partir das sugestões que vocês fizeram”, afirmou dom Edmar Peron, presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB.
Na ocasião, foi apresentada a proposta de diagramação. “Nós modificamos a apresentação para que tudo esteja em uma só página”, explicou dom Edmar Peron.
“Da nossa parte as poucas mudanças que foram apresentadas serão incorporadas ao texto já diagramado pela Edições CNBB. Agora, é concluir as considerações, passar o texto à Editora da CNBB e só depois enviar para a Santa Sé”, explicou dom Edmar.
Na sequência, a votação foi realizada em cédulas e os bispos deveriam marcar as opções – Sim; Não ou Abstenção. Dos 292 votantes presentes na sessão, eram necessários 215 votos positivos para a aprovação. 269 bispos aprovaram a tradução do texto. Houve 6 abstenções e 3 votos negativos.
Recorde os passos da tradução da terceira edição do Missal (aqui).
Estudo 114
A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB também voltou a apresentar, na manhã desta quarta-feira, 31 de agosto, as alterações feitas ao texto de Estudos 114 da CNBB, sobre a Animação Bíblica da Pastoral. Tais modificações foram realizadas a partir das sugestões realizadas pelo episcopado, mas ainda precisarão ser aprovadas pelos bispos para que o texto se torne um Documento da CNBB.
A Comissão para o texto recebeu contribuições que foram quase “inteiramente” acolhidas e integradas, explicou dom José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Contribuições complementares foram feitas nos números 59, 173, 277, 278, 279 e 280.
A estrutura do documento está dividida em sete capítulos: O primeiro apresenta a iluminação bíblica, a partir da parábola do semeador. O segundo, tem por objetivo apresentar o que significa a animação bíblica da pastoral.
Nesse ponto, o bispo recordou que, anteriormente, havia a Pastoral Bíblica, que realizava inúmeras atividades ao redor da Palavra. No entanto, a animação bíblica da pastoral tem outra proposta: “Nesse momento não estamos preocupados em fazer atividades bíblicas, mas sim que a pastoral e as atividades sejam todas animadas pela Bíblia”.
O terceiro capítulo trata dos desafios a serem enfrentados pela animação bíblica. Dom Paulo destacou que um dos principais desafios é o fundamentalismo literal, que significa ler a Bíblia ao pé da letra. O quarto capítulo fala dos agentes da semeadura: os bispos, padres, diáconos, catequistas, leigos e leigas. O quinto apresenta os tipos de terreno que acolhem a Palavra de Deus, sendo elencados mais dez tipos. Dom Paulo destacou que os bispos pediram para acrescentar o terreno dos pobres e oprimidos, pois estes acolhem e são protagonistas da Palavra.
O sexto capítulo fala dos métodos de leitura da Palavra de Deus, sendo os principais a Leitura Orante da Palavra e a Lectio Divina. Por fim, o último capítulo traz propostas concretas para a implantação de projetos da animação bíblica da pastoral nos níveis nacional, regional, diocesano e de comunidades eclesiais missionárias.
CNBB