
Setembro Azul: Pastoral Diocesana do Surdo de Divinópolis celebrou o mês dedicado a causa do surdo
A Pastoral Diocesana do Surdo celebrou, no dia 19/09, na Paróquia Sagrada Família, em Divinópolis, o dia do surdo e o “setembro azul”, mês destinado às lutas pela causa surda. Participaram junto à comunidade, os surdos católicos, os familiares e os intérpretes de Libras.
Na Eucaristia, presidida pelo padre Gedler Breves, os surdos da pastoral participaram da equipe de liturgia, apresentando à comunidade uma nova forma de expressão. As leituras, lidas em Libras, eram, simultaneamente, traduzidas para o Português. Participaram da comunhão em duas espécies ( hostia e vinho) e rezaram uma Ave Maria junto com toda a comunidade.
Foi um momento importante tanto para a comunidade surda, que pode compartilhar um pouco de sua trajetória e marcos importantes quanto para a Paróquia que conheceu uma a forma diferente de evangelizar.
No mês dedicado a visibilidade da pessoa surda brasileira, também traz consigo uma data muito especial para a comunidade católica, o dia Nossa Senhora do Silêncio, Padroeira da Pastoral do Surdo comemorada dia 12 de setembro.
Missão da Pastoral do Surdo.
A Pastoral do surdo é formada por surdos de diferentes faixas etárias, por famílias de surdos ou não, jovens e idosos, de qualquer condição cultural, social e racial e intérpretes do par linguístico Libras/Português. É uma comunidade aberta a todos. Junto a está comunidade temos sacerdotes e religiosas, ouvintes e intérpretes dedicados a evangelização, a catequese e as celebrações litúrgicas.
Além da dimensão comunitária cristã, diversas atividades são realizadas, sempre visando à inclusão e o bem estar dos surdos. A Pastoral do Surdo está diretamente engajada nas diretrizes das suas respectivas dioceses e paróquias e, ao mesmo tempo orienta-se na linha de evangelização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
A Pastoral Diocesana do Surdo de Divinópolis foi fundada em 08 de Dezembro de 2003. Ela nasceu com o encontro de Isa Silva (surda e hoje Coordenadora da Pastoral), com Glauber Gualberto, então seminarista, em uma missa em Divinópolis, no Santuário de Santo Antônio. Para o crescimento da pastoral tiveram o apoio de Eunice Vasconcelos, mãe de dois surdos, do Padre Maia, então reitor do seminário São José, e do nosso Bispo à época, Dom José Belvino. Os encontros aconteciam no Seminário, aos domingos à noite, até o final de 2004. Os primeiros intérpretes foram Mery Rocha, Andréia Martins Amaro e Marcos Crispim.
A Pastoral tem hoje como assessor o Seminarista, Ronivon Plotásio.
Texto: Willian Pacheco