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20 de março de 2024
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Retiro dos Seminaristas das etapas Discipulado e Configuração

 Santos ou perfeitos?!

Aconteceu no final de semana, de 15 a 17 de março de 2024, o retiro dos Seminaristas da Diocese de Divinópolis/MG que estão nas etapas da Filosofia (Discipulado) e da Teologia (Configuração) e também dos seminaristas da Diocese de Barreiras/BA que estão morando no seminário diocesano em Belo Horizonte/MG. Além de uma pausa restauradora na rotina, o retiro proporcionou uma imersão profunda a um questionamento: “Perfeição ou Santidade? Qual a nossa meta?”. Sob a égide desse tema, cada momento revelou-se uma oportunidade para os seminaristas se situarem na verdade de suas próprias histórias.

A diferenciação entre santidade e perfeição foi apontada como um dos maiores obstáculos no caminho espiritual. Muitas vezes, essa confusão leva à armadilha da mediocridade cristã, onde se busca atingir uma perfeição superficial em vez de se entregar à busca sincera pela santidade. Percebeu-se, durante as reflexões, que a perfeição pode ser uma meta inatingível e até mesmo ilusória, enquanto que a santidade se manifesta na jornada interior de cada indivíduo. Quanto mais humano mais santo!

Em meio aos debates sobre santidade, perfeição, pecado e pecador, emergiram os impasses da perfeição. Perfeição não é uma virtude, mas sim um projeto orgulhoso e vaidoso do homem. Reconheceu-se que a busca incessante pela perfeição pode levar à paralisia espiritual e à autocrítica, distanciando o indivíduo da própria humanidade e da misericórdia divina. Foi ressaltado que a santidade não está em ser impecável, mas em reconhecer-se como pecador e acolher a misericórdia de Deus.

Assim, a misericórdia divina emergiu como o fundamento essencial da busca pela santidade. A graça de Deus é o sustento na jornada espiritual, permitindo aos que se deixam tocar por ela, avançar, mesmo com nossas fraquezas e falhas. A partir desse reconhecimento, a busca da perfeição transformou-se em um desejo ardente pela santidade.

A santidade, então, revelou-se como a entrega total à vontade de Deus e à vivência dos ensinamentos de Cristo, como um esforço humano permeado pela graça de Deus, caminhando, humildemente, na presença divina. O retiro dos seminaristas não foi apenas um momento de reflexão, mas uma jornada de renovação espiritual.

No final de semana, cada seminarista foi convidado a mergulhar em sua própria experiência de fé, confrontando suas limitações e fragilidades diante do chamado à santidade. Essa jornada interior foi marcada por momentos de profunda introspecção e oração, onde a presença da misericórdia divina se fez sentir de maneira tangível, fortalecendo o compromisso com uma vida pautada pelos valores do Evangelho, principalmente a alegria.

Ao final do retiro, os seminaristas saíram munidos da compreensão de que a perfeição está além de suas capacidades humanas, mas a santidade é um chamado ao qual podem responder com coragem e confiança na graça de Deus. Eles retornaram aos seus afazeres com um novo ímpeto e uma maior consciência da importância de cultivar uma relação íntima consigo mesmo, com Deus e com seus irmãos. No caminho da santidade, reconhece-se as falhas, acolhe a misericórdia divina e compromete-se com a busca constante de responder à vontade de Deus para cada um, a santidade.

Texto e fotos: Pascom do Seminário

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