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21 de maio de 2013

Histórico da Paróquia de São Cristóvão – Divinópolis

A Paróquia de São Cristovão foi erecta de acordo com o Código de Direito Canônico e com o consenso unânime do Conselho Presbiteral, pelo decreto nº. 32, e sob a ordem episcopal de D. Cristiano Portela de Araújo Pena, no dia 25 de dezembro de 1972.

Inicialmente o seu território de 43 quarteirões, foi retirado das paróquias do Divino Espírito Santo, Santo Antônio e Nossa Senhora da Guia. A sua jurisdição ficou assim fixada: Av. Rio Grande do Sul, esquina com Rua Minas Gerais até o córrego próximo ao bairro Afonso Pena, subindo pela Rua Minas Gerais até a Av. Paraná e desta até o mesmo córrego. (Diário de Minas-BH, quarta feira, 10 de janeiro de 1973).

De acordo com a provisão lavrada no protocolo de nº. 218/72, do dia 25 de dezembro de 1972, Padre Miguel foi o primeiro, pároco da Paróquia sob o patrocínio de São Cristovão.

O pároco foi apresentado à Comunidade no dia 25 de fevereiro de 1973, no salão da Rua Mato Grosso, 1.056, onde Dom Cristiano presidiu a celebração da Santa Missa, concelebrada pelo Pe. Carlos Rada Recoleta, CSJ, vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Na oportunidade as palavras do Bispo expressavam sua alegria pela criação da nova paróquia, e afirmava que o mais importante não é o esplendor das celebrações litúrgicas, por mais belas que sejam, mas a vivência do evangelho, o espírito de Comunidade e unidade. (Livro de Tombo pg. 3), O Sr, Osvander de Souza fez a leitura em púlpito do Documento da Cúria, que criou e erigiu a Paróquia de São Cristóvão. O Sr. Parreiras fez a leitura da Provisão de nomeação do primeiro Vigário d Paróquia. As leituras da liturgia foram feitas pelos Sr. Geraldo Vasconcelos e Geraldo Magela.

Durante o ofertório os casais “Silvio e Ofélia, Odilon e Isinha” representaram a classe dos motoristas os administradores da paróquia São Cristóvão em ordem cronológica tiveram seus sucessores:
Pe. Miguel Rodrigues dos Anjos – De 25/12/1972 a 06/12/1983
Pe. Demóstenes César Mota – De 28/01/1984 a 09/12/1988
Pe. Antônio Ordones Lemos e Pe. Pedro Gondim Ferreira – De 09/12/988 a 29/12/1989
Pe. Emanuel Cordeiro Costa – De 29/12/1989 a 06/06/1990
Pe. Olavo Cabral de Sousa – De 07/06/1990 a 26/01/1994
Pe. Luis Carlos Amorim – De 29/01/1994 até a atual data.

 

PRIMEIRA FASE

A fundamentação histórica da Igreja de São Cristovão é assentada no livro de Tombo, a partir da P. V. 0007. Seguindo a história, foi Francisco Moreira da Silva o primeiro líder de um movimento espontâneo da classe dos motoristas de Divinópolis, em louvar ao padroeiro. Proprietário de um Ford/29 foi por volta de 1957 juntamente com outros motoristas combinaram de “trocar” a imagem. (Livreto do jubileu de prata – 1958-1983). Em 1958, Sr. Agostinho Assunção, proprietário do mercadinho Santo Antônio, localizado entre a Av. Sete de Setembro e Rua Rio Grande do Sul, ficou responsável de receber as doações. As notas recebidas foram fixadas no teto do mercadinho com tampinhas de cerveja. Quando o forro do comércio ficou repleto das notas, recolheram-nas e “Chico” Moreira foi a São Paulo, “na Rua São Caetano” (Jornal Agora, Chico Moreira: 32 anos de muito serviço. Divinópois-MG 29/07/1990. pg. 16), e trouxe a imagem de São Cristóvão.

Em seguida organizaram uma comissão de homens ilustres, para as festas de São Cristovão: Francisco Moréia (Chico); Levi Luis da Silva; Lucas Pinto Fonseca (Sô Lucas); Rodolfo Xavier Silva; Silvio Vaz; Vicente Assunção; Frei Isidro Botega, OFM

Sai à primeira procissão, em 23 de julho de 1958, partindo do Icaraí, (conforme fotografias em anexo), em direção a cidade. Frei Isidro Botega, OFM, foi quem celebrou a primeira missa no Santuário de Santo Antônio. A carreata era constituída de poucos veículos pesados como os caminhões FMM, de carros “Baratinhas”. As celebrações no Santuário em louvor a São Cristóvão permaneceram até o ano de 1959.

Nos anos seguintes, com a colaboração de Frei Mariano Gijsen, OFM, as celebrações passaram a ser na Igreja Nossa Senhora da Guia. Os motoristas ajudaram no término da Igreja Nossa Senhora da Guia e na construção da casa paroquial da Igreja Nossa Senhora da Guia. Depois Frei Mariano ganhou um lote com um buraco enorme ao lado da casa do Sr. Galba Laesse de Oliveira, homem de grande importância na história da Igreja São Cristóvão. Diante da transitoriedade, surgiu a idéia de resguardar as festividades de São Cristovão. A sugestão foi construir um salão.

 

 

SEGUNDA FASE

Encontraram em Frei Mariano Gijsem, OFM, Frei Tiago Kamps e outros sacerdotes e apoio necessário. E foi com Frei Mariano, que os mutirões dos caminhoneiros nos fins de semana arrecadavam através das barraquinhas, das procissões e demais promoções o dinheiro para tornar realidade o sonho de construir um salão para realizar as celebrações eucarísticas.

Com a colaboração de Frei Mariano, OFM, nesta pequena área, foi afixado um cruzeiro de madeira para demarcar o lugar sagrado. Durante dez anos (1962-1972) permaneceram as festividades em louvor a São Cristóvão com barraquinhas e donativos da população adjacente à construção.

No ano de 1972, foi organizada outra comissão no Bairro Sidil, composta pelos senhores: Miguel Aranes, Odilon Pereira e Frei Thiago, OFM, para dar início às obras da nova paróquia.

O salão térreo obrigava as festividades e celebrações eucarísticas. Por iniciativa de Frei Thiago OFM, a cruz do altar representava através de símbolos, restos de carros desastrados, a realidade dos motoristas. “Frei Thiago, procura expressar a maneira original no sacrário e na cruz o mundo do motorista se expressando no sagrado Lv. de Tombo pg. 006”.

“Na cruz entre os destroços do veículo, há duas imagens de Cristo. A primeira é do Cristo crucificado, “exprimindo o sofrimento Dele com o nosso e a segunda imagem do Cristo Ressuscitado que surge no pára-brisa em frente do primeiro, é graças à ressurreição que a cruz se tornou sinal de vitória. “A morte não é o fim e sim o começo da vida”.(Lv. de Tombo pg. 24 V).
Aqui também devemos destacar um dos primeiros ministros da nossa Diocese, o Senhor Augusto dos Santos Neto, provisão de 24 de março de 1972, autorizada por Dom Cristiano Portela de Araújo Pena, designado para distribuir a Sagrada Eucaristia na Igreja de São Cristóvão.
No ano de 1975, nos primeiros dias de maio, o conselho se reuniu juntamente com vários motoristas, tendo a frente o Sr. Lucas Pinto da Fonseca, presidente do Conselho Paroquial, e outros, para amálgar a idéia da construção da Igreja de São Cristóvão em cima da laje do atual salão. Constituíram uma comissão: Sr. Lucas Pinto da Fonseca, representante dos motoristas; Miguel Arantes de Oliveira, José Miranda, Francisco Morais, Gerado Magela e outros, representantes do bairro. A provisão da construção ficou a cargo do competente construtor mestre de obras Sr. Corvino.
“É de justiça, registra-se a dedicação de Lucas Pinto da Fonseca, que deixou o seu caminhão de transportes e ficou com dedicação, exclusiva a construção da Igreja, juntamente com Miguel Arantes”. (Lv. de Tombo, Pg. 011, Paróquia São Cristóvão).

TERCEIRA FASE
Dia 27 de julho de 1975, conforme o programa, “Festa dos Motoristas”, anexando ao livro de Tombo pg. 13, foi celebrada a primeira missa debaixo do telhado da nova Igreja São Cristóvão.
O salão passou a ser alugado para festas de casamento, aniversário, local de palestras, encontros de casais e festas da paróquia.

Aos poucos a Comunidade foi melhorando com a ajuda dos paroquianos: piso, forro, rampas, bancos, ventiladores, sistema de som, melhorias no salão e a construção da Casa Paroquial.

1976 já podiam observar um maior crescimento do bairro com novas moradias e alguns prédios. A freqüência às missas já eram mais acentuadas. O dízimo neste momento foi impulsionado pelo conselho, através de visitas domiciliares, que tivera boa aceitação. As festividades em torno do padroeiro no ano de 76 foram cheias de entusiasmos. A cada noite a festa era realizada num restaurante à beira do asfalto, rezando uma dezena do terço, comentando o evangelho e havendo encenação “quadro vivo” da vida de São Cristóvão elaborada pelo radialista Aquiles Reis Junior. Havia leilões com prendas de objetos relacionados com o mundo dos motoristas. A renda ajudou a pagar a divida de CR$ 20.000,00 com o Bradesco e o restante deu para terminar a rampa de acesso à Igreja e a retificação do salão paroquial (liv. de Tombo pg. 15).

1977 foi o ano em que as festividades renderam a Igreja de São Cristóvão o reboco externo, sobretudo da parte da frente da Igreja, pintura e melhorias na rampa.
Já no ano de 1978, foi à vez da colocação do foro da Igreja.

Em 1981, um sonho se torna realidade, é inaugurada a praça de lazer para as crianças e para o povo do bairro Sidil. “Fruto do Projeto Construir Juntos (Gestão Fabio Botelho Notini) Prefeitura e Comunidade Sidil, fes-se realidade este sonho.” (Jornal Volante da Paróquia de São Cristóvão, nº. 01 NOV. DE 1981 – Divinópolis-MG.). Neste projeto cabem os nossos reconhecimentos dos colaborares: Dr. Geraldo Vasconcelos, Dr. Júlio, toda equipe administrativa e todos os operários que trabalham nesta obra da pracinha.

Surgem as Obras Sociais da Paróquia São Cristóvão.

No ano de 1982, houve melhorias significativas, a primeira delas foi a Praça de Lazer, que além de reformas foram colocadas brinquedos, com a colaboração da Comunidade e da prefeitura. As benfeitorias da Igreja, também estiveram em andamento, graças à boa vontade dos paroquianos e dos amigos da paróquia. O piso da ardósia, os ventiladores e mais vinte bancos foram colocados para beneficiar aos paroquianos. A planta da Casa Paroquial também foi aprovada neste ano. (Jornal Volante da Paróquia de São Cristóvão. Realizações, nº. 02 dezembro de 1982 pg. 01)
A partir de 29 de janeiro de 1984, ficou nomeado Pároco da Paróquia São Cristóvão, por Dom Jose Costa Campos, o Padre Demóstenes César Mota.

Houve nos dias 24 a 28 de agosto de 1984, missões na paróquia, com a um número significativo de participantes.

1985, o Conselho Paroquial constituiu uma comissão, para a construção da secretaria da Paróquia. Diante de tantos empreendimentos, as Obras Sociais da Paróquia de São Cristóvão surge neste ano de 1981. Pastorais existentes durante os cinco anos do trabalho de Padres Demóstenes, segundo relato de uma paroquiana: – O Conselho Paróquia, sempre disponível em ajudar o vigário; – JUSCRI – Novimento de Jovens; – Catequese, missa aos domingos, às 09:00 horas com as crianças.; -Conferência Vicentina; – Legião de Maria; – Todas as quintas feiras, o curso de Teologia, aplicado pelo pároco, juntamente coma Dª. Elza Gonçalves; -Servas de Jesus, cuidados com a Igreja; – Mês de Maio, legião de anjos na coroação a Nossa Senhora; – Movimento do Dízimo; – Movimento de Cursilho; – Semana Santa, Via-sacra pelas ruas do bairro; – Grupos de reflexões, Campanha da Fraternidade e novena de Natal; – Festa de São Cristóvão, ponto alto das festas paroquiais, cada dia dedicado a uma classe do trânsito: Caminhoneiros, motoqueiros, trabalhadores em casa de peças, mecânicos, taxistas, etc.
No dia da festa de São Cristóvão, missa festiva encerrada com o café dos motoristas, patrocinado pelos devotos.

 

 

QUARTA FASE

Dado um salto no tempo, devido a contratempos dos registros do livro de Tombo da Paróquia, chegamos a 1 de janeiro de 1994, onde é nomeado Pe. Luiz Carlos Amorim, pelo Bispo Dom José Belvino do Nascimento. Pe. Luís Carlos Amorim há mais de trezes anos dedica com zelo e amor a Comunidade “Cristo-phoros”. Estudioso e conhecedor dos documentos litúrgicos da Igreja, Padre Luís Carlos sempre pode expressar e lutar com clareza pelas necessidades de sua Paróquia e a de seus paroquianos.

Além de dar continuidade as pastorais anteriores abriram novas possibilidades de uma liturgia coesa, e atualizada. Bem com uma grande ênfase que é dada através da Pastoral Familiar às famílias necessitadas, auxiliando-as por meio de assistência espirituais e materiais.

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