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30 de agosto de 2022
Foto do artigo Diocese de Divinópolis e APAC realizam doação de 50 mil hóstias à Diocese de Araçuaí-MG

Diocese de Divinópolis e APAC realizam doação de 50 mil hóstias à Diocese de Araçuaí-MG

Na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, representantes da APAC – Itaúna, Peter Gabriel, Robson José e Silma Borges; estiveram no Centro Diocesano de Pastoral, em Divinópolis, para uma reunião com o Coordenador Diocesano de Pastoral, Padre Lúcio Camargos.

Na oportunidade, o Presidente da Apac-Itaúna, Peter Gabriel, falou um da Fábrica de Hóstias “Maria Perpétuo Socorro Leão da Silva” e a pedido da Diocese de Divinópolis realizou uma doação de 50 mil hóstias para a Diocese de Araçuaí-MG, cuja é pastoreada por Dom Esmeraldo Barreto.

A partir de agora, as hóstias fabricadas pelos recuperandos da APAC serão vendidas na Livraria João Paulo II, em Divinópolis.

 

APAC – ITAÚNA

A APAC de Itaúna surgiu em 1984, quando a APAC-Mãe de São José dos Campos já tinha doze anos de esforços e progresso.

Valdeci Ferreira, atualmente diretor-geral da FBAC, foi convidado por um grupo de jovens para visitar a pequena cadeia pública da cidade de Itaúna/MG. Durante a visita, ele ficou muito angustiado com a situação de degradação e abandono a que essas pessoas estavam submetidas.

Durante as visitas semanais, Valdeci teve a oportunidade de conhecer outras pessoas que faziam diferentes trabalhos pastorais. Depois de alguns meses, eles se reuniram e tomaram a decisão de criar a Pastoral Carcerária naquela cidade.

Três anos depois, Valdeci conheceu um livro sobre a metodologia APAC, de autoria de Mário Ottoboni, idealizador do método. Ao concluir a leitura da obra, Valdeci imediatamente telefonou para o Sr. Ottoboni, dizendo que havia gostado muito do livro, mas não conseguia acreditar na possibilidade de existir uma prisão sem armas e sem agentes prisionais. A resposta não poderia ter sido melhor: um convite para conhecer e vivenciar a experiência pessoalmente.

Na APAC de São José dos Campos, Valdeci ficou surpreso ao ver um espaço totalmente limpo e organizado, com uma refeição deliciosa, onde não era possível saber quem eram as pessoas privadas de liberdade e quem eram os voluntários. Ele não conseguia ver ninguém que se parecesse com os presos a que estava acostumado a encontrar nas prisões: pessoas tristes, desarrumadas, sem esperança e fé.

Tudo isso o fez acreditar que era sim possível replicar a experiência e trazê-la para Itaúna.

Inicialmente, obter o apoio das autoridades foi um trabalho difícil e laborioso. O juiz de Direito, Dr. Paulo Antônio de Carvalho, na ocasião responsável pela Execução Penal na Comarca, não acreditava que essa prisão APAC fosse real.

Foram anos de resistência à metodologia, até que, devido à perseverança da equipe, algumas barreiras foram superadas e a APAC ganhou mais credibilidade. No fim, o juiz os apoiou.

Mais tarde, diferentes reformas foram feitas na cadeia. O grupo inicialmente pensou em alterá-la em um Centro de Reintegração Social, seguindo os mesmos parâmetros encontrados na APAC de São José dos Campos: uma cadeia pública transformada numa APAC. No entanto, observou-se que a experiência de Itaúna era diferente e que isso nunca seria possível.

Com a dedicação do grupo, foi recebida a doação de um terreno, e logo foram realizadas campanhas de arrecadação de fundos na comunidade. Com o dinheiro levantado, iniciou-se a construção do Centro de Reintegração Social: um espaço próprio a ser administrado pelos recuperandos com apoio dos voluntários.

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