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Verdade e efeitos dos métodos contraceptivos

Prezados amigos e amigas, no ano passado, tivemos a oportunidade de celebrar os 45 anos da bela carta escrita pelo Venerável Papa Paulo VI, Humanae Vitae. Assim como ocorreu, no ano de 1968, esta encíclica trouxe tantas e tão diversas reações e hoje continua sendo um divisor de águas na vida de muitos casais cristãos; ou porque não a conhecem ou porque a consideram desnecessária na sua vida conjugal. Os contraceptivos entraram na vida da família cristã, de forma aberta e indiscriminada, assim como também criaram grandes desastres na relação afetiva, sexual e humana do casal. Às vezes, penso em que da mesma forma que são lembradas diversas datas, nas quais, com dor, a humanidade sofreu genocídios e exterminações massivas, teríamos que lembrar, também, com profunda tristeza, o que a cultura contraceptiva vem fazendo no nosso meio.

 

Para entender a verdade de um método contraceptivo, teremos que partir de um princípio essencial. Por que e por quem são usados. Quem induz ao seu uso, qual o custo-beneficio na mentalidade consumista em que nos encontramos; qual o seu teor orgânico; qual a sua utilidade e qual a sua validez. Se a sociedade em que vivemos se proclama, abertamente, consciente e respeitosa das responsabilidades e direitos da pessoa, como entender a razão promovida por entidades “humanitárias”, as quais, nos países em desenvolvimento, evitam, cada vez mais, educar as pessoas para uma vivência da sexualidade responsável e digna, antes de favorecer a cultura pansexual e hedonista existente no meio de todos os ambientes.

 

A verdade sobre o uso indiscriminado de contraceptivos, até hoje, não foi dita. Negando, ou melhor, escondendo a verdade sobre o uso destes métodos, também são obscurecidos os seus efeitos. O efeito é a sucessão inevitável de fatos, e se estes fatos são reais não podem causar outra coisa que a própria verdade. Por exemplo, até hoje nunca foi bem explicado quais os efeitos no organismo feminino depois do uso indiscriminado de contraceptivos, ao longo dos anos. Quais os efeitos na vida psíquica de quem os utiliza; assim como também qual a real intenção dos laboratórios químicos em fazer determinados contraceptivos para camadas sociais de baixa renda e outros para camadas sociais de alta renda. Pode-se conferir o caso do contraceptivo ou endoceptivo Mirena, que se encontra no mercado no valor entre R$ 700,00 e 1.500,00. Tenho plena certeza de que muitos casais levam uma vida conjugal na busca da santidade. Sei também de inúmeros casais que fazem de tudo para viver o método natural Billings, como opção da experiência sexual em suas vidas. Mas, ao mesmo tempo, me assusta o maior grupo de casais que, mesmo procurando Deus, se deixam levar pelas teorias do mundo, como afirma Tiago na sua carta: “Levados pelas doutrinas do mundo”.

 

Os métodos contraceptivos podem ser muito eficazes no controle da natalidade, das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), ou até na relação do casal que quer esperar um pouco para não engravidar. Mas o que é evidente é que a finalidade dos contraceptivos não justifica o seu uso. Os contraceptivos levam consigo certa soberba interior de quem se sente dono da vida, de quem se considera suficientemente amadurecido para não trazer “filhos” ao mundo de forma irresponsável. Os contraceptivos eliminam a grandeza de uma relação sexual, aberta à vida e realizada, ou melhor, celebrada na dignidade de serem os dois uma só carne. Enfim, o contraceptivo corrompe a originalidade moral da vida do casal que se descobre chamado a viver a mesma aliança que Cristo vive com a Sua Igreja. Vamos promover a vida, vamos promover a experiência do amor, vamos juntos evangelizar a sexualidade.

 

 

 

Por: Padre José Rafael Solano Durán, PhD Teologia Moral

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