São Tomás More: O Padroeiro dos políticos
No dia 22 de junho a Igreja celebra um santo pouco conhecido entre nós. O papa João Paulo II, no ano 2000, o declarou Patrono dos governantes e políticos. Tomás More nasceu em Londres, na Inglaterra, no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Ele foi canonizado em 1935.
Naquele tempo havia conflitos entre o Rei Henrique VIII e o Papa Clemente VII. O rei, que já era casado com Catarina de Aragão, queria que o papa anulasse seu casamento para casar-se com a cortesã Ana Bolena. Tomás More era chanceler e conselheiro do rei. Mas, acima de tudo, era um homem que sabia nortear sua vida à luz da ética e dos valores cristãos. Por discordar-se da situação, foi acusado de alta traição. Após um controverso julgamento foi condenado à morte por decapitação. Duas semanas antes, pelo mesmo motivo, já havia sido decapitado o bispo Dom João Fisher. O rei usou o Parlamento inglês, que se curvou diante dele e publicou o Ato de Supremacia, que proclamava o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra. Foi o início da Igreja anglicana.
Em tempos como o nosso, quando boa parte dos “representantes do povo” gozam de pouca reputação e credibilidade, é bom trazer à tona a memória de um homem, que se tornou santo no exercício da vida pública, por não concordar com os desmandos do rei.
Tomas More deve ser lembrado como o guardião de todos os parlamentares. Mas, não sabemos se, atualmente, ele teria os mesmos dissabores que teve em seu tempo. É provável que hoje ele fosse vitimado, novamente, pelo poder corrupto que, contraditoriamente, deu lhe a morte, mas, ofereceu-lhe também, a oportunidade de se tornar santo.
Tomás More é autor de diversos livros como: “Utopia”, e “O Diálogo do conforto contra as tribulações”; livro que escreveu durante os quinze meses em que esteve na prisão.
São Tomás More, rogai por nós!
Por: Padre Geraldo Gabriel