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Mais que casamenteiro, é Doutor da Igreja

De Pádua surgiu um “Doutor da Igreja”, “Martelo dos Hereges”, “Doutor Evangélico”, “Arca do Testamento” assim os Papas o chamaram. Para o povo fiel, ele protege os pobres, auxilia na busca de coisas e pessoas perdidas, orienta os sentimentos e inspira a vida de oração; afugenta os demônios e a peste; cura os enfermos. Foi franciscano da primeira hora. Conhecido como milagreiro, sua própria vida foi um milagre contínuo. Quando ele falava, as multidões acorriam ao local onde seria a sua pregação. A sua fé, sua maneira de transmitir os ensinamentos cristãos, sua santidade, sua oratória e modo de ser, sua caridade: tudo isso contribuíram para que o nome de Santo Antônio corresse o mundo.
Neste ano em que destacamos uma maior consciência da nossa fé em busca da paz,  queremos convidar a você que vier celebrar conosco na Comunidade do Curral a trezena de Santo de Antônio, para se inspirar nas palavras dos padres e dos pregadores para viver, sem receio e sem medo, a sua paz cristã. Quem confia em Deus nada o abala. Tudo crê e busca superar as dificuldades. E como nos ensina o próprio Santo Antônio: “O fiel Cristão, iluminado pelo resplendor de Cristo, deve emitir centelhas de palavras e exemplos para, com eles, inflamar o próximo”.

As nossas atitudes e falas devem ser penetrantes, capazes de convencer o outro, de transformar nossa vida em confiança de um mundo melhor. Era isso que ensinava Santo Antônio: acreditar e transformar. Podemos perceber nos relatos de sua vida que muitos acontecimentos e fatos extraordinários, e sobrenaturais, aconteciam durante as suas pregações, e depois delas, ou que através das suas orações e intercessão muitas pessoas se convertiam e mudavam a sua maneira de conviver, e algo extraordinário acontecia em suas vidas. Por isso, que Frei Antônio é considerado o santo dos milagres. Podemos afirmar que nada o desestabilizava. Mantinha sempre uma fé inabalável em Deus e na sua missão de ser testemunha e de evangelizar.

Certa vez, quando alguns manifestantes boicotaram sua pregação e ensinamentos, ele se dirigiu ao rio, que se confluía com o mar, e começou a pregar aos peixes e um fato extraordinário aconteceu: os peixes se manifestaram sobre as águas como que o ouvisse. Dizem que muitos animais reagiam aos seus ensinamentos. Era realmente um homem de fé: colocava sua crença e devoção a Deus acima de tudo. Quem o ouvia percebia que suas palavras eram carregadas de amor ao que fazia, falava do que acreditava e do que vivia. Seus exemplos e testemunhos de vida eram verdadeiros e transparentes. Por isso, é que suscitavam nas outras pessoas uma devoção e interesse para seguirem o que ele fazia.
A mais antiga de suas biografias conta que “dia e noite Frei Antônio tinha discussões com os hereges; expunha-lhes com grande clareza os dogmas católicos e os ensinamentos de Jesus; refutava com coerência os preceitos deles, e revelava em tudo uma ciência admirável e força suave de persuasão que penetrava a alma dos seus adversários”. Talvez, por isso, sua língua esteja miraculosamente conservada em Pádua, há quase 800 anos.

 

      

   
Por Padre Gedler Henrique Breves Pereira

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