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MÃE, uma das mãos de Deus em nossa existência

Hoje, em todo o mundo, se celebra o dia das mães. Dia este em que nos achegamos bem próximos àquelas que nos geraram e tentamos expressar, de um modo especial, a sua importância em nossas vidas. É certo que neste dia, muitos, como eu, queriam estar ao lado de suas mães, mas são impedidos, seja pela distância, ou pela sua ausência, ou outros motivos. Queria, através do nosso site diocesano, neste dia singular, trazer uma mensagem e um agradecimento ao coração de nossas mães. E, para isso usarei de uma bela história contida na Sagrada Escritura que nos faz refletir sobre as atitudes de uma verdadeira mãe (cf. 1Rs 3,16-27).

Certa vez, no reinado do rei Salomão, duas mulheres  aproximaram-se dele. Uma delas, ao tomar a palavra, explicou ao soberano que ela deu à luz a um filho e a outra mulher que a acompanhava deu à luz a um bebê, três dias mais tarde.

 

Como estavam sozinhas na casa em que habitavam, numa certa noite, morreu o filho desta mulher, pois ela dormiu sobre ele e o sufocou.

Nesse sentido, a mulher levantou-se de noite e enquanto dormia, esta tirou, silenciosamente, meu filho do meu lado e colocou-o em seu seio. E o filho que estava morto despositou-o próximo a mim. De manhã, quando levantei para amamentar o meu filho, encontrei-o morto, mas examinando-o bem, percebi que não era aquele a quem gerei. Neste instante, a mulher que a acompanhava, respondeu que a mesma não falava a verdade, visto que o filho vivo era seu, e não o da outra senhora. E começaram a discussão perante o rei.

Vendo isso, Salomão mandou trazer uma espada. Quando lhe trouxeram, o rei declarou que iria cortar o menino e dividiria as partes para as duas mulheres para que assim houvesse justiça. A mãe, cujo filho estava vivo, ao ver a tamanha atrocidade a ser cometida, clamou ao rei que desse o menino a outra mulher, e não o matasse. Já a outra senhora, ao contrário, pediu que o rei fizesse o que havia dito, que cortasse o recém-nascido ao meio. Por ser muito sábio, o rei constatou quem de fato era a mãe verdadeira, e deu o recém-nascido àquela que pediu que lhe poupasse a vida.

Não é somente hoje que identificamos a existência de “Mães” e “mães”. Mães que, de fato, assumem, com unhas e dentes, sua vocação; e mães que são meramente “geradoras”, não internalizam dentro si a grande dádiva do Criador colocada em seu ventre. Nesse sentido, quero, hoje, fazer memória e agradecer a Deus por tantas mulheres que não medem esforços para ser canais da sua graça a seus filhos. Mulheres que não cansam de doarem a si mesmas para proporcionar vida, carinho e futuro aos seus. Mulheres que arriscam as suas vidas, para, de fato, traduzirem a palavra Mãe em ato. Creio, firmemente, que uma das mãos de Deus, em nossa vida, tem um nome: Mãe!

Me despeço, enviando neste dia tão especial, um beijo à minha mamãe, Márcia Eliana, e um abraço forte a todas as mães que estão lendo este texto.

Feliz dia das Mães!

 

Luís Fernando Cruz, seminarista do 3º ano de filosofia.

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