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24 de maio de 2019

Comentário ao Evangelho do 6º Domingo da Páscoa (Jo 14,23-29) – 26/05/19

 

feito por Padre Guilherme*

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. 27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.

 

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

 

Comentário do Padre Guilherme

 

Este trecho do Evangelho de João é parte do que podemos chamar de “discursos de despedida de Jesus aos Seus discípulos”. Mais ou menos como uma instrução para que eles soubessem como agir a partir da morte e ressurreição. É uma garantia de que todo aquele que guardar a Palavra será revestido da força de Deus.

 

O que Jesus disse aqui não se refere a Ele apenas, mas vem da parte do Pai. Também aparece nestas falas a promessa do envio do Espírito Santo. Muitos dos ensinamentos de Jesus não foram totalmente compreendidos pelos discípulos. Eles eram na maioria pessoas muito humildes e sem estudos. Foi com a força do Espírito que eles foram capacitados para compreender de forma mais plena as verdade de Deus ensinadas por Jesus.

 

Além do Espírito, Jesus deixou também o sentimento de paz, que é sinal da presença divina. Quem está com Deus, mesmo atravessando provações e dificuldades, consegue sentir uma tranquilidade que vem da confiança na força da providência divina.

 

A morte de Jesus certamente iria entristecer os discípulos. Mas a partida de Jesus, com Sua morte redentora, trouxe depois, na ressurreição, uma alegria infinitamente maior que a tristeza da morte. Amar a Deus plenamente pode levar o ser humano a conseguir enxergar mais o futuro. E isso, embora não apague a tristeza e a dor da perda, pode trazer uma esperança na vida eterna. É força para seguir em frente.

 

Diante das coisas que iriam ocorrer dali em diante, Jesus afirmou a importância de não esquecer Seus ensinamentos. Mesmo sofrendo, a instrução era de permanecer na fé e na esperança.

 

Este ensinamento que foi dado aos discípulos ainda serve para hoje. A morte, no fundo, não é motivo para sentir apenas tristeza e dor da separação. É necessário, devido à promessa de Jesus, alimentar a confiança na vida eterna. Conservar essa esperança, baseando-se apenas em nas capacidades humanas, é certamente impossível. Mas, com a força do Espírito Santo, é possível ter forças e até compreender melhor os ensinamentos de Jesus.

 

Pensando na celebração de Pentecostes que se aproxima, é valioso tentar reconhecer na vida a presença do Espírito Santo. E, assim, passar a viver de uma maneira nova, com menos insegurança, tristeza, desânimo e falta de fé.

 

Padre Guilherme da Silveira Machado é administrador paroquial na Paróquia de São Sebastião, em Leandro Ferreira.

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