Notícias

6 de novembro de 2020

Comentário ao Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum (Mt 25,1-13) – 08/11/20

 

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide a seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.

 

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

 

Comentário do Padre Guilherme

 

No tempo de Jesus, os casamentos se davam pela ida do noivo à casa da família da noiva, onde o acordo de união era firmado com o pai da noiva. Em seguida, o marido conduzia sua esposa para a casa onde passariam a viver juntos. E lá se fazia a festa em comemoração. Era comum que um cortejo de pessoas amigas acompanhasse o noivo em sua ida à casa da noiva. As jovens da parábola, provavelmente seriam parte desse grupo.

 

Em algumas passagens da Escritura a união matrimonial aparece como representação da união de Deus com Seu povo. E Jesus, fazendo uso desta imagem, quis apresentar um ensinamento sobre a necessidade do ser humano estar preparado para o encontro final com Deus.

 

As dez jovens adormeceram, mas apenas cinco delas estavam devidamente preparadas para esperar a chegada do noivo. As outras não prepararam óleo suficiente para uma espera que demorasse mais tempo. Assim ocorre com a vida de fé dos seres humanos. Algumas pessoas se preparam mais, buscam viver de forma mais intensa e previdente sua religiosidade. Enquanto outros, por descaso, distração ou mesmo ignorância, vivem sem se preocupar com isso.

 

Pode-se entender, portanto, que nem todas pessoas alcançarão a salvação. Embora seja uma possibilidade aberta a toda a humanidade, é necessário uma atitude e intenção certa por parte de cada um.

Não foi possível às jovens imprevidentes tomar “emprestado” o óleo. Ou seja, o esforço pela conversão é ação exclusiva de cada um.

 

Na parábola, a incerteza da hora de chegada do noivo quer lembrar a impossibilidade de se prever quando se dará o encontro final com o Senhor. Por isso, a necessidade de vigilância constante, não inerte e contemplativa, mas encarnada na vida.

 

Padre Guilherme da Silveira Machado é administrador paroquial na Paróquia de São Sebastião, em Leandro Ferreira.

Parceiros