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20 de julho de 2013

Paróquia São Sebastião de Juatuba realiza Missa em circo

Juatuba presenciou um fato não muito comum. Recentemente. Dia 19 de julho, Pe.  Aldair, administrador paroquial, presidiu uma belíssima Celebração Eucarística, no picadeiro de um circo. Foi mágico! Poder olhar nos olhos daqueles artistas, que miravam Jesus sacramentado no altar improvisado, ladeado por uma belíssima imagem de Nossa Senhora da Conceição. A mesma alegria com que uma criança se deslumbra diante de um palhaço, foi realmente fascinante. Ali estava O verdadeiro artista, Jesus Cristo, se manifestando e enchendo a todos, artistas ou não, de plena alegria. O interesse partiu da própria família Power, pais e irmãos que compõem os artistas do circo, que leva o nome da família, Irmãos Power. Além dos artistas, alguns paroquianos de Juatuba também participaram desta celebração.

Leia o texto abaixo, escrito pela paroquiana Karine Pinheiro Neves, ela nos relata com detalhes como tudo aconteceu:

Abram as cortinas que O grande artista chegou!

Você já se deparou com alguma imagem e se questionou se era só uma obra de arte ou uma imagem real? Bom! É certo que ambas se relacionam e tanto a arte influencia a vida, quanto o inverso… Em minha paróquia, São Sebastião – Juatuba, recebemos uma demonstração deste inter-relacionamento entre arte e vida…o grande circo, Irmãos Power.
Assim como tantos outros paroquianos por essa diocese, não imaginariam ver um artista circense levantar as lonas, arrumar toda a estrutura de sua ‘maneira de viver’ e como preocupação inicial, antes da tão esperada estreia, buscar a Deus. Os irmãos Power  mostraram-me o que é ser um verdadeiro mestre da arte da vida. Ou seja, não fazer distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o amor e a religião. O artista dificilmente sabe distinguir um do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se estão trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas, simultaneamente. E realmente o faz.

Em 18 de julho,uma integrante do circo nos procurou na secretaria paroquial para conversar com o Pe Aldair, manifestando o interesse de poderem celebrar mais uma estadia entre tantas cidades. Queriam apenas a bênção de Deus para iniciarem suas atividades. Mas Deus, assim como em todo circo, deixou o melhor por vir…na noite do dia seguinte, Pe Aldair presidiu uma belíssima Celebração Eucarística,no picadeiro do circo. Foi mágico! Poder olhar nos olhos daqueles artistas, que miravam Jesus sacramentado no altar improvisado, ladeado por uma belíssima imagem de Nossa Senhora da Conceição. A mesma alegria com que uma criança se deslumbra diante de um palhaço, foi realmente fascinante. Ali estava O verdadeiro artista, Jesus Cristo, se manifestando e enchendo a todos, artistas ou não, de plena alegria.

É de se pensar: estranho!?

Mas veja o que o Santo Beato João Paulo II escreveu em sua carta, a todos os artistas, em 1999: “Para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou [cristãos batizados], a Igreja tem necessidade da arte. De fato, deve tornar perceptível e até o mais fascinante possível o mundo do espírito, do invisível, de Deus. Por isso, tem de transpor para fórmulas significativas aquilo que, em si mesmo, é inefável. Ora, a arte possui uma capacidade muito própria de captar os diversos aspectos da mensagem, traduzindo-os em cores, formas, sons que estimulam a intuição de quem os vê e ouve. E isto, sem privar a própria mensagem do seu valor transcendente e do seu halo de mistério”.

Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra, sempre, que não deve ser assim. E o faz de diversas formas, como o fez debaixo daquelas lonas. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir. Logo, aqueles que fazem da vida um eterno picadeiro e mantêm em si a essência da humildade e paz de espírito, também são participantes desta Igreja de Cristo, formada por sábios e artistas.
Por: Karine Pinheiro Neves

 

 

 

Fonte:  Paroquia São Sebastião – Juatuba

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