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Neste segundo domingo do tempo do Natal, nossa Igreja celebra a chamada “Epifania do Senhor”. A palavra “epifania”, que vem do grego, significa: manifestação. Então, isso significa que celebramos neste dia a manifestação de Deus aos homens. Ele se mostra aos seres humanos, vem ao nosso encontro. Para esta celebração, temos o trecho do Evangelho de Mateus que descreve a visita dos magos do oriente ao Menino Jesus Recém-nascido. Os magos são de terras distantes, de raças diferentes. Isso traz para nós o entendimento que Jesus veio ao mundo para todas as pessoas, de todos os lugares, de todas as raças, de todas as religiões. Deus quer vir ao encontro de todos. Ele ama a todos e deseja ser amado por todos. É o que chamamos de “universalidade” do amor divino.

O episódio da visita dos magos é mesmo marcante como manifestação de Deus para os povos (e todos os povos). Mas, na vida de Jesus encontramos outras ocasiões onde se pode dizer que também aconteceu uma epifania, uma manifestação de Deus. Por exemplo, quando Jesus foi até João Batista para ser batizado, Deus se manifestou de forma visível, descendo como uma pomba e do céu veio uma voz. Também durante as Bodas de Caná, através do milagre da transformação da água em vinho, as pessoas perceberam uma manifestação forte da presença divina em Jesus. Foi o primeiro milagre e marco do início de Sua vida pública.

Desse jeito, podemos entender melhor o que significa Epifania do Senhor: é a manifestação divina, é a vinda de Deus ao nosso encontro. Assim, podemos considerar que toda a vida de Jesus é uma grande epifania de Deus na nossa vida.
Toda manifestação divina é marcada por acontecimentos extraordinários, fora do comum, muitas vezes inexplicáveis a não ser pela luz da fé. A própria encarnação de Jesus no ventre de Maria é um verdadeiro milagre. Talvez um dos maiores milagres da história da humanidade e que só pode ser compreendido pela luz da fé. É o acontecimento que marca o início de toda a epifania de Deus em nossa vida: o próprio Deus que se encarna, que assume a condição de homem, igual a nós em tudo, menos no pecado. Veio ao nosso encontro, fez o anúncio do amor divino, enfrentou a cruz e morte, ressuscitou. E, mesmo depois de ressuscitado, continua presente nas nossas vidas, seja pela proclamação da Palavra, pela Eucaristia ou pela união em comunidade daqueles que n’Ele acreditam.

A Epifania de Deus em nossa vida está sempre acontecendo. Ele sempre está vindo a nós, desejando nosso amor, clamando a nossa conversão.

Celebrar a Epifania do Senhor é sentir alegria porque Ele vem e está no meio de nós. É ter no coração a certeza de que Jesus se manifesta sempre a nós. E que é tarefa nossa responder a esse amor que conduz a nossa caminhada. A melhor resposta amorosa que podemos e devemos apresentar a essa ação amorosa de Deus é seguir nossa caminhada de vida, mesmo com as dificuldades e tribulações, levando nossa cruz e sentindo a alegria daqueles que amam Deus!

Por Padre Guilherme da Silveira Machado