Em 1767 foi erguida uma Igrejinha, tendo como padroeiros o Divino Espírito Santo e São Francisco de Paula, no Largo da Matriz pelos moradores do povoado. Era uma igrejinha bem modesta, rústica e sem nenhum ornamento. Porém, servia como referência religiosa para toda a freguesia.
Quando essa igrejinha contava com cerca de 63 anos, em 1830, após as celebrações de uma festa religiosa, a pequena Matriz foi consumida por um terrível incêndio.
A tragédia aconteceu no dia 23 de maio de 1830, contam que o sacristão Manoel dos Santos Ribeiro, certificou-se que as portas e janelas estavam trancadas, passou a chave na porta de entrada e foi-se embora.
Porém, esqueceu uma vela acesa no altar-mor. Por volta das 23 horas, o povoado já dormia quando todos despertaram com o grande barulho, eram as paredes da igrejinha vindo abaixo.
Em poucos instantes, a praça estava repleta de gente. Todos tentavam fazer alguma coisa, mas o fogo era intenso e tomava conta de tudo. Ainda houve quem buscasse baldes de água para tentar debelar as chamas. Tudo em vão.
Diz Antônio Gontijo de Azevedo que, o fogo era tão horrível que um negociante, por nome Francisco Machado de Miranda, morador da casa nº 370 do largo, próximo da Matriz, foi obrigado a transportar ás pressas seus pertences para debaixo de uma grande gameleira mais distante da igrejinha., temendo que sua casa fosse atingida pelas labaredas.
Dessa igrejinha e desse incêndio não existem registros fotográficos. As fotos que existem de igrejas do Largo da Matriz são todas posteriores a essa igrejinha incendiada.
(Texto elaborado por Salete Michelini)