Dom José Carlos celebrou, na noite do dia 24 de dezembro, a Missa da Vigília de Natal na Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis. A Eucaristia foi concelebrada pelo pároco da paróquia, Padre Geraldo Maia.
Na procissão de entrada, Padre Maia trouxe a imagem do Menino Jesus e a colocou em um altar preparado de frente ao presbitério da Catedral.
Em sua homilia, dom José Carlos disse que o Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer, sobretudo aos pobres e marginalizados, a salvação. O bispo também definiu o Natal em quatro palavras: presença, piedade, paz e pobreza.
Nossa equipe também esteve na "missa do galo", na capela do Hospital São João de Deus, em Divinópolis. Padre Cassimiro presidiu a celebração com a pequena capela lotada. Ao final da celebração, Padre Cassimiro cantou uma música para o Menino Jesus, que é muito tradicional em sua terra natal, Portugal.
Na Basílica de São Pedro
O Papa Francisco celebrou na Basílica de São Pedro. Na sua homilia, o Santo Padre afirmou que o mundo tem hoje necessidade de ternura e começou por sublinhar duas frases das leituras da liturgia. Uma de Isaías e outra de Lucas:
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles” (Is 9, 1).
“Um anjo do Senhor apareceu [aos pastores], e a glória do Senhor refulgiu em volta deles” (Lc 2, 9).
“É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do Salvador” – continuou o Papa Francisco – “como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão.”
Segundo o Santo Padre, também nós vamos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela luz da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a “grande luz”, que é o milagre daquele “menino-sol” que é Jesus, que veio ao mundo para iluminar as trevas – afirmou o Papa Francisco:
“A origem das trevas que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim, o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência.”
Mas Deus continuou a esperar, pacienteme, face à corrupção de homens e povo – observou o Santo Padre – tal como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar, ao longe, o regresso do filho perdido.”
O Papa Francisco afirmou assim que “a mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, nada não era do que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afeto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.”
O Santo Padre declarou que o Menino Jesus convida-nos a refletir: “Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se?”
“… temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura!”
A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão – advertiu o Santo Padre – quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração – afirmou ainda o Papa Francisco, que concluiu a sua homilia dizendo que a grande luz do presépio foi vista pelas “pessoas simples, dispostas a acolher o dom de Deus” e não pelos “arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento.”
O Santo Padre terminou a sua homilia dizendo: “Olhemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: Ó Maria, mostrai-nos Jesus!” (RS)
Por Túlio Veloso