Aconteceu, no último dia 10, com a Celebração da Quarta-feira de Cinzas, em todas as Dioceses do Brasil, o início da Campanha da Fraternidade (CF) e da Quaresma. Na Catedral Diocesana, a primeira Missa foi celebrada às 7 horas e presidida pelo Bispo Dom José Carlos, que, em sua homilia, falou da importância de se viver bem a Quaresma. Logo após a celebração, Dom José Carlos se dirigiu à Mitra Diocesana, onde ele concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, abordando o tema da Campanha da Fraternidade. Estiveram presentes vários veículos de comunicação da cidade de Divinópolis.
Na celebração das 19 horas, padre Luis Carlos recordou as três principais obras a serem realizadas nesse tempo, que levam ao verdadeiro caminho de conversão do coração: jejum, esmola e oração. Ressaltou a importância de se aproveitar bem esses 40 dias, de usá-lo como retiro, como itinerário de fé e adesão ao projeto de Deus. Experimentá-lo fazendo uma profunda conversão de vida, simbolizada na reconciliação consigo mesmo, com os irmãos e com Deus. Finalizou desejando que todos reflitam sobre suas práticas, que levam às mudanças no modo de pensar e agir. Que todos consigam refazer a peregrinação pascal de Jesus.
Campanha da Fraternidade 2016
Realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 terá como tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), com foco no saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.
“Em sintonia com o Conselho Mundial das Igrejas e com o papa Francisco, sobretudo depois que ele lançou a encíclica Laudato Si’, a Campanha da Fraternidade chama a atenção sobre o atual modelo de desenvolvimento que está ameaçando a vida e o sustento de muitas pessoas, sobretudo dos mais pobres”, explica o bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, dom Francisco Biasin. Ele destaca que o atual modelo econômico, baseado no lucro, deve mudar, pois não favorece a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável para a humanidade.
De acordo com dados divulgados pelo Conic, mesmo entre as maiores economias do mundo, o Brasil possui mais de 100 milhões de pessoas sem saneamento básico. O Estado brasileiro tem deficiência na prestação de serviços relacionados ao tratamento da água e do esgoto e à coleta de lixo. “O objetivo, portanto, da Campanha da Fraternidade Ecumênica é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas, sobretudo os últimos e os pequenos, a partir da nossa fé, para favorecer políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da casa comum que é a natureza, a terra onde nós vivemos”, acrescenta dom Biasin.