A quaresma terminou. O Tríduo Pascal teve inicio com a celebração vespertina de quinta-feira, chamada Missa do Crisma, e só terminará com a Vigília Pascal, no Sábado Santo.
Na Catedral, na quinta-feira, à noite, aconteceu a celebração da santa Missa, com a solene cerimônia do lava-pés, presidida por dom José Carlos e concelebrada com o cura da Catedral, padre Luiz Carlos Amorim. Nessa solenidade, o bispo repetiu o gesto que Jesus fez, narrado somente no evangelho de João, lavando os pés dos discípulos.
O celebrante explicou que esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor. É momento solene porque chegou a Hora de Jesus, é o momento Dele passar deste mundo para o Pai. Jesus levanta-se da ceia e toma atitude de servo e escravo. Ele pega uma jarra de água e a esvazia nos pés dos discípulos. Jesus, tomando a forma de servo, veste-se com o avental da humilhação e da obediência e vai ao encontro do outro pedir para purificá-lo, lavar-lhe os pecados e purificar as manchas das imperfeições.
Segundo o evangelho joanino, também se faz comunhão com o Senhor amando e servindo como Ele o fez. Lavando os pés uns dos outros também se comunga Jesus, também se toma parte no mistério de Jesus. E lavar os pés uns dos outros é uma dedicação simples e corriqueira, cotidiana, de servir e de cuidar.
Ao cuidar uns dos outros, ao colocar competência, afeto, amor, dedicação e gastar tempo em direção de alguém, se fazer presente na história do outro, se está comungando Jesus nos outros. O bispo concluiu dizendo que todos são chamados a comungar Jesus no cuidado amoroso uns dos outros. Que lavar os pés é tocar as chagas, é ajoelhar sem pressa, é criar um laço, é comungar em forma de serviço. Deve-se sempre, tomar, como base, a presença eucarística, para que a presença eucarística o leve à presença serviçal.
Ao final da missa, houve a procissão do translado do Santíssimo Sacramento para uma capela próxima e adoração.
Por Maria Teresa Fernandes