Na terça-feira, dia 27, aconteceu, na Catedral, a formatura de duas turmas de bordadeiras de crivo do Bazar da Vovó e exposição dos trabalhos. O evento tão aguardado, contou com a presença de todas as bordadeiras, do padre Luis Carlos Amorim e do Secretário de Cultura de Divinópolis, Osvaldo André.
Na oportunidade, oradoras fizeram pronunciamentos de agradecimentos e reconhecimento pela iniciativa do Bazar em oferecer esse curso.
O Bazar da Vovó é uma associação de mulheres voluntárias, bordadeiras, que se reúnem, uma vez por semana, para doarem seu tempo e seus trabalhos manuais. Os bordados são de variados tipos, mas a beleza da arte é única.
Todos os trabalhos são expostos para as vendas, duas vezes ao ano. Uma, antes do Dia das Mães, e outra, antes do Natal.
Nesse ano, em especial, a bordadeira Luzia Vilela teve a brilhante ideia de repassar todo o seu conhecimento da arte de crivar, arte essa, que aprendeu aos seis anos de idade.
Essa difícil arte, trazida para o Brasil pelos portugueses, está quase desaparecendo, mas, felizmente, pela dedicação, paciência e amor de Luzia, com certeza, sobreviverá em Divinópolis.
Todas as formandas se comprometeram a continuar e aprimorar esse aprendizado. O amor pelo crivo e a delicadeza com a agulha da “Mestra de Ofício”, dona Luzia, certamente são exemplos que todas seguirão.
Antes da bênção, padre Luiz fez uma pertinente reflexão sobre o trabalho manual que acontece no Bazar, que vai além da responsabilidade com a arte e da a iniciativa em multiplicá-la. É um trabalho de caridade, que com o dinheiro arrecadado com as vendas faz melhorias e construção de casas para os pobres. Ressaltou que o Bazar é o único serviço social que se tem na Catedral, no momento.
E para as formandas, o padre cumprimentou pela recuperação da cultura do crivo e pela disposição do tempo doado. Tempo esse, carregado de amizade, partilha, conversa, oração e abraços. Abraços de várias formas, abraços de estar juntas, expressando o que as palavras não são capazes de dizer.
Finalizando, em meio a melodia de braços e abraços, risos e conversas, sorteios de brindes e elogios mútuos aos trabalhos de crivo, houve lanche ofertado pelas formandas.
POR MARIA TERESA FERNANDES